Produção em queda e corte de milhares de empregos no país no primeiro
semestre deste ano revelam a baixa temperatura dos negócios no setor
têxtil e de confecção. E diferentemente dos outros anos, nem a coleção
de verão deve esquentar as vendas para valer.
Segundo o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, já não há mais tempo
ou possibilidade de reverter o quadro “dramático”, que pode provocar um
total de 65 mil demissões em 2015.
“Perdemos até agora entre 15 mil e 16 mil postos no setor em todo o
Brasil. No entanto, o que vimos em maio e junho foi uma aceleração no
número de demitidos. Daí a projeção nefasta até o fechamento deste ano”,
explica.
De acordo com Pimentel, muitos empresários que ainda não demitiram
lançaram mão de estratégias como férias coletivas e redução de carga
horária. “Isso é reflexo da recessão profunda na qual o país se
encontra. O pior é que tudo indica que 2016 também será um ano de baixo
crescimento. Não há projeto para o Brasil”, lamenta.
Ameaça da China
Dados da Abit mostram que, no primeiro semestre de 2015, na comparação
com igual período de 2014, a produção física do segmento de vestuário
despencou 13% e a do têxtil, 10%. E as exportações, que poderiam ser a
salvação da lavoura, ficam prejudicadas com a desvalorização da moeda
chinesa. “É mais um fator de ameaça”, ressalta.
Fonte destas Informações: http://www.hojeemdia.com.br/
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